A investigação de um grupo de policiais militares em Roraima ganhou destaque após o encontro de imagens no computador de um dos suspeitos. Essas fotos, obtidas durante a Operação Janus, mostram jovens mortos, supostamente em confrontos com a polícia. As vítimas, muitas delas com envolvimento em atividades criminosas, foram fotografadas antes de suas mortes, e as imagens foram compartilhadas em grupos de WhatsApp, de acordo com a defesa de um dos investigados. As autoridades alegam que essas trocas de informações podem ser evidências de uma rede de policiais envolvidos em simulações de confrontos para justificar execuções.
Além das fotos, as investigações indicam que os policiais militares violavam direitos fundamentais ao entrar nas casas das vítimas sem mandados judiciais, e em alguns casos, sem registro de ocorrências. Após executarem as vítimas, os suspeitos ainda transportavam os corpos para hospitais, tentando alterar o cenário dos crimes e dificultar a análise pericial. A operação também revelou que as mortes poderiam ter sido premeditadas, com mensagens trocadas entre os policiais, que indicariam um planejamento para eliminar suspeitos.
Apesar das evidências, a defesa dos envolvidos sustenta que as imagens encontradas são parte de um grupo de policiais que compartilham informações sobre casos de polícia, sem implicar diretamente nos crimes. A Justiça, no entanto, negou o pedido de revogação da prisão preventiva dos suspeitos, uma vez que os crimes são graves e ainda há necessidade de mais investigações para esclarecer os fatos.