A Polícia Federal, em investigação no âmbito da Operação Contragolpe, revelou detalhes de um plano criminoso envolvendo a tentativa de assassinato de várias autoridades, incluindo o presidente e o vice-presidente do Brasil, além de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O plano, conhecido como Punhal Verde e Amarelo, teria sido articulado por militares e envolvia a execução de um golpe de Estado, com o uso de técnicas militares e ações terroristas. As investigações indicam que recursos financeiros foram repassados para a execução da operação, com a utilização de uma sacola de vinho para o transporte do dinheiro.
Segundo a apuração, o plano foi discutido em uma reunião em novembro de 2022, na qual detalhes do atentado foram apresentados a um dos envolvidos, que teria dado apoio financeiro e logístico para a realização dos crimes. A operação também previa a criação de um gabinete de crise, liderado por militares, em caso de sucesso no golpe, além de ações para neutralizar qualquer resistência institucional. Durante as investigações, foram identificadas provas de que o planejamento envolvia não apenas o assassinato, mas também a possível prisão de figuras chave no governo.
A decisão judicial que determinou a prisão de um dos suspeitos aponta que ele teve papel crucial no financiamento e no planejamento da operação. Além disso, os investigadores encontraram documentos relacionados à criação do gabinete de crise, o que reforça a dimensão do esquema. A Polícia Federal segue apurando a extensão do envolvimento dos demais suspeitos e as circunstâncias que poderiam ter levado à concretização de um golpe de Estado no Brasil.