Ex-servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia foram liberados da prisão após decisão judicial que não converteu a prisão temporária em preventiva. Eles haviam sido detidos no contexto da operação Comorbidade, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) para investigar suspeitas de irregularidades na gestão de convênios entre o município e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). A operação, iniciada em novembro, resultou em três prisões e vários mandados de busca e apreensão, com o apoio da Polícia Militar.
A investigação foca principalmente em supostos pagamentos irregulares no âmbito dos contratos de gestão de maternidades públicas de Goiânia, como o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, Maternidade Nascer Cidadão e o Hospital e Maternidade Dona Iris. Durante o processo, algumas questões financeiras e contratuais da Secretaria Municipal de Saúde foram trazidas à tona, gerando um intenso debate sobre a transparência e a gestão dos recursos públicos no setor de saúde municipal.
Embora a prisão temporária dos envolvidos tenha sido revogada, as investigações continuam em andamento, com as autoridades aprofundando a apuração sobre os possíveis responsáveis pelos pagamentos irregulares. Além disso, a possibilidade de uma intervenção do Estado na área de saúde de Goiânia está sendo discutida, dada a complexidade e os desdobramentos do caso.