A Polícia Civil prendeu dois homens suspeitos de liderar uma organização criminosa responsável pela falsificação de sementes de milho e soja em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. A fraude envolvia a comercialização de grãos de baixa qualidade, destinados originalmente à indústria de ração animal, que eram adulterados por meio de tintura para parecerem sementes de alto rendimento. O esquema também incluía a falsificação de embalagens e documentos fiscais, com o objetivo de enganar produtores rurais e vender as sementes no mercado agrícola.
A operação, batizada de Piratas do Agro, contou com a participação das polícias civis de vários estados e atingiu diversos municípios do Brasil, incluindo cidades no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Durante a ação, 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, 33 veículos foram apreendidos e materiais usados na falsificação foram encontrados, além de armas e agrotóxicos irregulares. A fraude, que ocorria há pelo menos três anos, causou um prejuízo estimado de R$ 20 milhões.
O oeste baiano, uma das principais regiões produtoras de grãos do Brasil, foi o epicentro das investigações, com destaque para a produção de soja e milho, que representa uma parcela significativa do agronegócio estadual. A região também se destaca nas exportações desses produtos, com destinos como China e Estados Unidos. A operação segue com o objetivo de identificar outros membros do esquema criminoso e esclarecer os desdobramentos da fraude, com os envolvidos respondendo por crimes como estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.