Uma operação conjunta entre o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Federal (PF) investiga a participação de policiais civis em práticas de extorsão relacionadas à promoção de rifas ilegais por influenciadores digitais. Denominada Operação Latus Actio II, a ação tem como objetivo combater a corrupção e contravenções associadas a jogos de azar, com a execução de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em várias localidades. A operação foi iniciada em março de 2024, e novos detalhes indicam que os policiais teriam solicitado propinas de artistas e produtores para interromper investigações sobre as rifas feitas nas redes sociais.
Segundo as autoridades, a realização de sorteios sem autorização legal configura a prática de jogos de azar ilegais, o que motivou a investigação. Influenciadores, temendo bloqueios de contas e outros prejuízos relacionados à disseminação dessas rifas, acabaram cedendo às exigências de suborno feitas pelos agentes, como forma de evitar complicações legais e financeiras. A operação visa esclarecer essas práticas e combater a corrupção no setor público.
Além da luta contra a contravenção, a operação também aponta para o fortalecimento das ações de controle sobre o uso das redes sociais em atividades ilegais. A expectativa é de que as investigações revelem a extensão dessas ações de extorsão e ajudem a reforçar a integridade das forças de segurança. A medida também reflete um esforço contínuo das autoridades em garantir a legalidade em plataformas digitais e em combater o financiamento de atividades ilícitas por meio de influenciadores.