Uma operação da Polícia Civil em Bauru (SP) investiga um esquema de desvio de recursos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), resultando na prisão de sete pessoas, incluindo funcionários da instituição e familiares de uma ex-secretária executiva, desaparecida desde agosto. As investigações revelaram que a ex-secretária foi vítima de um assassinato, supostamente cometido por um ex-presidente da entidade, que permanece preso. A operação está focada em desvios financeiros que ocorreram durante a gestão do acusado, com indícios de fraudes milionárias que envolvem tanto a administração da Apae quanto seus vínculos familiares.
Em paralelo à investigação dos desvios financeiros, as autoridades apuram o desaparecimento e suposto assassinato da ex-secretária. A polícia concluiu que a vítima foi morta em circunstâncias violentas, com um tiro disparado dentro de um carro da Apae. A confirmação de seu assassinato foi feita após uma série de provas, incluindo imagens de câmeras de segurança e a análise de celulares. O corpo, no entanto, ainda não foi encontrado, e vestígios encontrados no local onde supostamente foi incinerado seguem sendo analisados.
Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de bens de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema. A operação também resultou na apreensão de veículos, joias e dinheiro. A Apae de Bauru afirmou que está colaborando com as investigações e que segue prestando serviços à comunidade enquanto as análises financeiras continuam. A motivação do crime parece estar relacionada a disputas internas e a má gestão de recursos na instituição, com a investigação apontando para um conflito de poder entre a ex-secretária e o ex-presidente da Apae.