O Ministério Público de Minas Gerais desarticulou uma organização criminosa responsável pela falsificação de medicamentos para humanos e animais. A operação, chamada “Reação Adversa”, foi deflagrada na última terça-feira (12) e resultou em cinco prisões em flagrante, além de 39 mandados de busca e apreensão cumpridos. A quadrilha, que atuava há pelo menos três anos, fabricava medicamentos falsificados usando como base tabletes de caldo de carne, simulando remédios com aparência visual semelhante aos originais, mas sem propriedades terapêuticas.
A investigação começou com a apuração de falsificação de medicamentos veterinários, mas logo se descobriu que também havia medicamentos falsificados para consumo humano. Estima-se que cerca de 10.933 medicamentos tenham sido vendidos para consumidores de ao menos 20 estados brasileiros. As vendas eram realizadas principalmente por meio de plataformas de comércio eletrônico, utilizando a ilusão de anonimato da internet para atrair compradores. A organização se destacava pela prática de preços mais baixos do que o mercado, o que atraiu muitas vítimas.
Além do risco à saúde dos consumidores, a operação alerta para os perigos do comércio ilegal de medicamentos, que não possui controle de qualidade nem garantias de segurança. A falta de condições adequadas de fabricação e o uso de substâncias inapropriadas, como caldo de carne, tornam esses produtos extremamente perigosos. A fiscalização reforça a importância de adquirir medicamentos somente em locais licenciados e de confiança, tanto para uso humano quanto veterinário, devido aos riscos envolvidos, inclusive para a saúde pública.
