Uma operação conjunta das forças de segurança, iniciada entre os dias 18 e 20 de dezembro, prendeu sete pessoas e apreendeu diversos materiais relacionados ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, localizada entre Conquista D’Oeste e Pontes e Lacerda, em Mato Grosso. As autoridades realizaram fiscalizações e bloqueios estratégicos, confiscando 163 gramas de ouro, três armas de fogo, uma motosserra e um motor estacionário, além de destruir 14 escavadeiras hidráulicas, tratores e outros equipamentos usados na atividade ilegal. A operação teve início após um pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai), que relatou a exploração ilegal de recursos naturais na área por centenas de garimpeiros.
A investigação visa identificar os responsáveis pela exploração ilegal de ouro e outros crimes ambientais na região, que têm impactado tanto o meio ambiente quanto as comunidades indígenas locais. A Polícia Federal, que agora coordena o processo, busca apurar a participação de financiadores das atividades ilegais e garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados. Além disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) segue atuando na destruição de equipamentos e na proteção do território.
A Terra Indígena Sararé enfrenta um crescente problema de degradação ambiental devido à intensificação das atividades de garimpo, que causam desmatamento, poluição dos rios e danos ao solo, afetando diretamente a biodiversidade e os recursos hídricos locais. As lideranças indígenas da região destacam a importância cultural e ambiental do território, que já conta com cerca de 5 mil garimpeiros, segundo dados do Ministério Público Federal. A ação de dezembro é apenas uma das várias tentativas de combater o garimpo clandestino, que continua a representar uma grave ameaça à região.