A operação Catrimani II, coordenada pela Casa de Governo de Roraima, foi responsável pela destruição de duas pistas de pouso utilizadas por garimpeiros na Terra Yanomami. A ação, parte de um esforço contínuo para combater o garimpo ilegal na maior terra indígena do Brasil, envolveu militares das três Forças Armadas. Entre os dias 16 e 17 de dezembro de 2023, as pistas Couto Magalhães e Valmor foram destruídas, com o apoio de equipamentos especializados, incluindo o uso de visão noturna para a execução das atividades durante a noite.
A operação, conhecida como Flecha Noturna II, envolveu diversas etapas estratégicas, como vigilância, reconhecimento, preparo de material explosivo e detonação dos alvos, com uma equipe que operou em condições desafiadoras tanto durante o dia quanto à noite. As ações visaram interromper as atividades dos invasores e dificultar o acesso à região, onde os garimpeiros seguem realizando atividades ilegais, apesar de diversos esforços para coibir o crime desde o início de 2023.
A Terra Yanomami, com mais de 9 milhões de hectares, enfrenta uma grave crise de saúde, impulsionada pela presença dos garimpeiros, que têm causado surtos de doenças como malária e desnutrição entre os povos indígenas. Apesar das ações emergenciais e do envio de profissionais de saúde, o número de garimpeiros na região ainda é significativo, com estimativas apontando que cerca de 7 mil permanecem no território, dificultando os esforços para restaurar a normalidade e a segurança na área.