A Assembleia-Geral da ONU aprovou, com ampla maioria, uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, além da libertação de todos os reféns. A proposta, que contou com 158 votos a favor, reflete um tom mais urgente do que resoluções anteriores. Apesar de não serem vinculativas, as decisões da Assembleia têm peso político significativo. Estados Unidos, Israel e outros sete países votaram contra, enquanto 13 se abstiveram. Paralelamente, foi aprovada uma segunda resolução em apoio à UNRWA, a agência de ajuda humanitária da ONU para palestinos, em resposta à proibição de suas operações em Israel a partir de janeiro.
A resolução gerou críticas, especialmente por parte dos Estados Unidos, que argumentaram que as medidas minimizam a necessidade de libertar reféns e não apresentam soluções para aumentar a assistência humanitária aos civis. Israel também contestou o apoio à UNRWA, alegando que funcionários da agência estiveram envolvidos em ações do Hamas. A ONU confirmou o envolvimento de nove membros demitidos, além de um comandante ligado ao grupo que também trabalhava para a entidade. A situação intensifica as acusações e reforça tensões diplomáticas na comunidade internacional.
O conflito em Gaza, iniciado em outubro de 2023 após ataques do Hamas, resultou em mais de 43 mil mortes palestinas e a destruição quase completa do território. Além disso, Israel enfrenta confrontos com o Hezbollah no Líbano e troca de ataques com o Irã, enquanto realiza bombardeios em alvos no Iêmen, Síria e Iraque. Apesar de recentes cessar-fogos em outras frentes, a guerra em Gaza continua, com esforços militares israelenses focados no combate ao Hamas e na busca por reféns. O cenário global permanece tenso, com múltiplos focos de conflito envolvendo aliados e adversários estratégicos.