O Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que cerca de 11,9 mil obras públicas estão paralisadas no Brasil, o que corresponde a 52% dos contratos em execução com recursos federais. As obras já consumiram cerca de R$ 9 bilhões, e seriam necessários mais R$ 20 bilhões para concluir os projetos. As áreas de saúde e educação são as que mais apresentam projetos interrompidos, com aproximadamente 8,7 mil obras paralisadas, representando 72% do total. Essa situação reflete uma falha significativa na execução e conclusão de infraestrutura essencial para a população.
De acordo com o TCU, o estado do Maranhão é o que concentra o maior número de obras paralisadas, com 1.232 projetos. Outros estados, como Bahia, Pará, Minas Gerais e São Paulo, também apresentam números expressivos de obras não concluídas. O relatório aponta que, apesar da grande quantidade de projetos interrompidos, houve uma melhora no cenário, com a retomada de 1.169 obras paralisadas em 2024, além da conclusão de 5.463 projetos desde o ano anterior.
No entanto, o TCU também observou que, embora as ações recentes da Caixa Econômica Federal tenham contribuído para a redução da proporção de obras paradas financiadas pelo banco, o número de projetos paralisados em 2024 aumentou em relação ao ano anterior. Em 2024, 2.180 novas obras foram interrompidas, o que evidencia que o problema ainda persiste e exige medidas mais eficazes para garantir a conclusão das obras em andamento.