No cenário do Big Brother Brasil, 2024 evidenciou um fenômeno crescente: a transformação dos familiares e parceiros dos participantes em subcelebridades. Embora a fama seja uma consequência natural para quem participa do programa, a popularidade gerada nas redes sociais por familiares e aliados ganhou destaque. Pessoas como Raquel Brito e Mani Reggo, por exemplo, viraram influenciadoras e empresárias após a exposição na mídia, ampliando sua presença digital e consolidando parcerias comerciais. A visibilidade nas redes sociais trouxe novos desafios e oportunidades, como contratos publicitários e participações em eventos, o que permite a esses novos “influencers” uma nova fonte de renda.
Além disso, os familiares de participantes, como o psiquiatra Daniel Barros observa, se tornam figuras públicas sem muitas vezes quererem essa exposição. O aumento na quantidade de seguidores nas redes e a necessidade de manter a relevância no mercado digital exigem de muitos uma adaptação constante e, muitas vezes, geram sobrecarga emocional. A pressão para manter uma imagem pública pode ser um fator de ansiedade, com a privacidade de muitas dessas pessoas sendo colocada em segundo plano, o que pode alterar o equilíbrio emocional de quem se vê repentinamente no centro das atenções.
A tendência de a fama no reality show afetar diretamente as vidas dos envolvidos é uma evolução do cenário de pequenas interações sociais para um campo digital vasto, onde o “basta estar na mídia” pode gerar frutos inesperados. O caso de Gil do Vigor e sua mãe, Dona Jacira, ilustra como a exposição no BBB pode afetar a vida de familiares de maneira profunda, mesmo que eles não busquem o estrelato. Para muitos desses “subcelebridades”, a experiência é um misto de desafios e oportunidades, onde as repercussões da visibilidade podem ser tanto positivas quanto emocionalmente desgastantes.