Subiu para nove o número de mortos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que caiu sobre o Rio Tocantins no último domingo (22). Um novo corpo foi resgatado na noite de quinta-feira (26), enquanto as buscas continuam para localizar pelo menos oito desaparecidos. A operação mobiliza 79 militares da Marinha, incluindo mergulhadores e especialistas, além de efetivos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil. O planejamento e logística da operação contam com o suporte remoto de 20 militares em Belém (PA). Até o momento, apenas uma pessoa foi resgatada com vida.
A ponte, localizada na rodovia BR-226, ligava as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). No momento do desabamento, três caminhões caíram no rio, transportando grandes volumes de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico, um produto altamente corrosivo. Devido aos riscos químicos, as buscas foram temporariamente interrompidas, mas foram retomadas com monitoramento das autoridades competentes. Além das operações de resgate, há preocupações sobre possível contaminação do rio, investigada pelo Ministério Público Federal.
A Polícia Federal iniciou investigações para apurar as responsabilidades pelo acidente, que estão sendo conduzidas pelas superintendências no Maranhão e no Tocantins. A perícia técnica também foi acionada para entender as causas do colapso da estrutura. A tragédia gerou grande comoção e reforça a necessidade de fiscalização e manutenção em obras de infraestrutura no Brasil, sobretudo em pontes localizadas em áreas estratégicas.