A Polícia Militar de São Paulo implementará um novo modelo de câmeras corporais (COPs) até 17 de dezembro. Essas câmeras permitirão que os policiais decidam quando iniciar a gravação durante as ocorrências, com treinamento previsto para garantir que todas as ações sejam registradas. O modelo substituirá gradualmente as câmeras atuais, que gravam de forma contínua durante todo o turno, e a transição deve ser concluída até o final de 2025. O primeiro lote, de 2,5 mil unidades, foi atrasado devido à regulamentação de um contrato com a Motorola, que fornecerá 12 mil câmeras no total.
O uso das câmeras corporais tem sido monitorado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após questionamentos sobre sua implementação. A Defensoria Pública de São Paulo argumenta que as câmeras são essenciais para evitar violações de direitos humanos e garantir maior transparência nas ações policiais. O governo paulista deve responder até esta terça-feira (3) a novos questionamentos do STF, que solicita detalhes sobre o contrato e os prazos para a implantação das câmeras.
No entanto, o modelo de gravação intencional pode gerar preocupações sobre a transparência das ações policiais, já que os agentes terão o poder de decidir quando ativar o equipamento. Especialistas apontam que isso pode dificultar investigações de abuso policial e reduzir a proteção de policiais em situações de risco. Além disso, o novo modelo não menciona mais as gravações rotineiras, que eram feitas automaticamente, e passa a priorizar gravações intencionais, que podem ser acessadas em tempo real pela central da PM.