Um novo grupo de rebeldes no sul da Síria, identificado como Southern Operations Room, anunciou seu objetivo de alcançar Damasco. Em uma declaração, o grupo pediu que as forças leais ao governo de Bashar al-Assad desertassem e se juntassem à sua causa, destacando que já haviam tomado postos governamentais ao longo da fronteira com a Jordânia. Após a rendição das forças do regime em diversas localidades, os rebeldes assumiram o controle da região fronteiriça e declararam que sua próxima meta seria a capital síria.
O movimento rebelde no sul remonta a 2012, com a formação de grupos ligados ao Exército Sírio Livre, inicialmente em Daraa. Embora o regime tenha retomado o controle dessa cidade, os combates nunca cessaram completamente na região, e a recente ofensiva marca o primeiro grande avanço rebelde em anos. A intensificação do conflito no sul da Síria coloca o regime de Assad em uma posição vulnerável, já que enfrenta agora uma luta em duas frentes: a ofensiva no norte, em Idlib, e a nova escalada no sul.
Desde o início da guerra civil em 2011, o país tem sido palco de intensos confrontos envolvendo diversas facções internas e potências internacionais. Embora o conflito tenha diminuído em termos de intensidade desde o acordo de cessar-fogo de 2020, episódios de violência e confrontos locais continuam a ocorrer, resultando em grandes perdas humanas e deslocamentos forçados. O impacto humanitário da guerra permanece profundo, com centenas de milhares de mortos e milhões de pessoas afetadas pelo conflito.