O ex-ajudante de ordens de um ex-presidente prestou um novo depoimento à Polícia Federal (PF) no dia 5 de dezembro, com o objetivo de preencher lacunas nas investigações. Embora a PF considere as informações reveladas como um complemento aos dados já conhecidos, o depoimento não é visto como uma “bala de prata” pelos investigadores. A nova oitiva aconteceu após declarações contraditórias de seu advogado, que inicialmente afirmou que o ex-presidente sabia de um plano contra autoridades e depois recuou da afirmação durante uma entrevista. Isso gerou desconfiança e motivou a nova convocação para esclarecimentos.
O ex-ajudante de ordens já foi ouvido mais de dez vezes ao longo das investigações e, embora tenha fornecido detalhes importantes, como aqueles vindos de seu celular, os investigadores acreditam que ele não revelou tudo o que sabe. A delação premiada que ele firmou exige a revelação completa dos fatos, mas sua colaboração tem sido limitada, o que pode complicar sua situação caso as autoridades descubram omissões. Pessoas próximas à investigação indicam que Cid pode estar apenas cumprindo o mínimo necessário para reduzir sua pena.
Apesar de o depoimento ser considerado um esclarecimento, a PF não descarta a possibilidade de surgirem novos elementos que possam levar à abertura de novos inquéritos. A investigação continua em andamento e o acordo de delação, que prevê a total colaboração, pode ser revisto caso a Procuradoria-Geral da República considere que o ex-ajudante omitiu informações relevantes para o andamento do caso.