Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, prestou um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5), dentro das investigações relacionadas a possíveis irregularidades durante a gestão anterior. A colaboração de Cid, que já prestou mais de dez depoimentos, continua sendo considerada relevante, mas não decisiva para a investigação. Embora tenha fornecido informações que ajudaram a preencher algumas lacunas, as autoridades não veem sua delação como “bala de prata”, mas sim como uma contribuição acessória aos fatos já conhecidos pela PF.
O depoimento mais recente ocorre em meio a um episódio que gerou confusão: uma entrevista dada por seu advogado, que inicialmente afirmou que o ex-presidente teria conhecimento de um plano de assassinato contra autoridades, mas posteriormente recuou dessa declaração. Esse incidente acrescentou dúvidas ao processo, o que levou os investigadores a convocarem Cid novamente para esclarecer possíveis novas informações. A colaboração dele segue sob análise, já que há suspeitas de que ele ainda não tenha revelado tudo o que sabe.
A delação premiada de Cid é parte de um acordo que lhe garante benefícios em troca de informações. Contudo, ele está sendo observado de perto, pois se a Procuradoria-Geral da República identificar que omitiu fatos relevantes, sua situação poderá se complicar. A PF segue aprofundando a investigação, com a expectativa de que novos depoimentos possam revelar mais detalhes sobre os acontecimentos que marcaram o período investigado.