O ex-ajudante de ordens de um ex-presidente prestou novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5), no âmbito das investigações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado. Embora a colaboração tenha sido vista como um complemento para preencher lacunas, as autoridades indicam que as informações fornecidas não são decisivas para o andamento do caso. O depoimento ocorre após declarações contraditórias feitas por seu advogado, que indicaram que o ex-presidente teria conhecimento de planos de atentado contra figuras políticas, embora o advogado tenha recuado das declarações logo depois.
Apesar de ser ouvido mais de 10 vezes ao longo das investigações, o colaborador continua a fornecer detalhes que parecem redundantes ou já conhecidos pela PF. As principais informações surgiram de seu celular, apreendido durante um inquérito anterior relacionado a documentos falsificados. Embora sua colaboração tenha sido limitada, as autoridades afirmam que ele ainda não revelou tudo o que sabe, o que pode impactar sua situação legal, dependendo de futuras apurações e da disposição para revelar mais detalhes.
A situação do colaborador é delicada, já que o acordo de delação exige a entrega completa de informações. Caso a PF ou a Procuradoria-Geral da República identifiquem omissões significativas, ele poderá enfrentar complicações. Por enquanto, o novo depoimento é tratado como um esclarecimento adicional, mas com a possibilidade de novos desdobramentos, que poderiam gerar mais investigações ou até novos inquéritos, caso surjam informações relevantes.