Uma nova votação para o impeachment do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, ocorrerá na próxima quarta-feira (11) após a Assembleia Nacional não conseguir atingir o quórum necessário para validar o processo neste sábado (7). A votação falhou devido ao boicote de parlamentares do Partido do Poder Popular (PPP), que não compareceram à sessão. Para que o impeachment fosse aprovado, era necessário o voto de pelo menos dois terços dos membros da Assembleia, equivalente a 200 parlamentares. A oposição, que controla a maioria das cadeiras, não conseguiu os votos adicionais exigidos para avançar com o processo, já que muitos membros do partido governista se ausentaram, mesmo após apelos de colegas para que participassem.
A tentativa de impeachment surgiu em meio à crise política gerada pela declaração de lei marcial por parte de Yoon, que, em discurso na última terça-feira (3), justificou a medida como uma ação desesperada. Ele se desculpou publicamente pela ansiedade e desconforto causados ao povo sul-coreano. No entanto, a situação gerou grandes manifestações nas ruas, com dezenas de milhares de pessoas exigindo sua destituição. A oposição acusou Yoon de tentar um autogolpe e formulou a moção de impeachment com base em acusações de abuso de poder e rebelião.
A crise política se intensificou após a suspensão da lei marcial, que foi revogada pela Assembleia Nacional, e uma onda de protestos tomou as ruas. O índice de aprovação do presidente caiu para níveis históricos, refletindo a insatisfação popular e a crescente instabilidade política. A decisão final sobre o impeachment de Yoon dependerá da nova votação marcada para a próxima quarta-feira, e o cenário de divisão política continua a paralisar a governabilidade do país.