A física moderna é fundamentada em duas teorias que, embora comprovadas em seus respectivos campos, são incompatíveis entre si: a física quântica e a relatividade geral. A primeira descreve o comportamento das partículas subatômicas, enquanto a segunda explica a gravidade e os fenômenos em grande escala, como os buracos negros e o cosmos. Apesar de décadas de pesquisa, os cientistas não conseguiram reconciliar essas teorias, que operam com princípios matemáticos e conceituais completamente diferentes, levando à busca incessante por uma “teoria de tudo”.
Uma nova proposta está sendo desenvolvida pelo físico Jonathan Oppenheim, que lidera a pesquisa de uma teoria pós-quântica da gravidade clássica. Diferente de tentativas anteriores que tentaram quantizar a relatividade geral, a abordagem de Oppenheim preserva a relatividade como uma teoria clássica, mas incorpora a aleatoriedade da física quântica ao espaço-tempo. Esta inovação sugere que o espaço-tempo, ao invés de ser determinístico como na visão de Einstein, possui flutuações aleatórias que podem explicar fenômenos não resolvidos, como a matéria e energia escuras.
Apesar de ser uma proposta radical, a teoria de Oppenheim já está sendo testada experimentalmente, com o objetivo de detectar flutuações no peso de objetos, o que poderia validar a nova visão sobre o espaço-tempo. Além disso, se as flutuações encontradas forem intensas o suficiente, elas poderiam também fornecer pistas cruciais para entender os mistérios da matéria escura e da energia escura. Embora haja ceticismo por parte de alguns cientistas, a proposta de Oppenheim representa uma tentativa genuína de resolver uma das questões mais complexas da física moderna, com potencial para transformar a compreensão do universo.