O programa “Nova Indústria Brasil” (NIB), lançado pelo governo federal, pretende alavancar a indústria nacional com um investimento total de R$ 546,6 bilhões até 2029. Desse valor, R$ 250,2 bilhões virão de recursos públicos por meio de linhas de crédito, sendo R$ 198,1 bilhões já alocados nos últimos dois anos e R$ 52,18 bilhões previstos para o período de 2024 a 2026. O setor privado contribuirá com R$ 296,3 bilhões, incluindo investimentos significativos de várias entidades do setor agroindustrial, como a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), que anunciou R$ 120 bilhões.
Entre os destaques dos investimentos privados, estão os R$ 22,5 bilhões da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os R$ 16 bilhões da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), e os R$ 7,9 bilhões da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Além disso, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) prevê investir R$ 40,2 bilhões nas agroindústrias até 2029. O foco do programa está na transformação digital e sustentável das cadeias agroindustriais, com ênfase na segurança alimentar, nutricional e energética.
As metas do NIB incluem um aumento significativo no crescimento do PIB da agroindústria, com uma meta de crescimento de 3% ao ano até 2026 e de 6% até 2033. O programa também busca aumentar a mecanização e a tecnificação da agricultura familiar, com projeções de atingir 28% de mecanização até 2026 e 35% até 2033, além de expandir o uso de tecnologias como drones e biofertilizantes. O foco nas cadeias produtivas essenciais inclui também o fortalecimento da indústria de máquinas agrícolas e fertilizantes, impulsionando a inovação e a produção nacional.