A Nissan está buscando um acordo com a Honda em um movimento que, segundo Carlos Ghosn, ex-presidente da montadora japonesa, reflete uma situação de desespero da empresa. Ghosn afirmou que a busca por uma fusão ou parceria entre as duas companhias não é um movimento pragmático, uma vez que as sinergias entre as marcas são difíceis de identificar. Ele também sugeriu que a Honda, pressionada pelo governo japonês, pode estar sendo forçada a considerar essa aliança para resolver as dificuldades imediatas da Nissan e alinhar com a visão de longo prazo da Honda.
A Honda, por sua vez, confirmou que está avaliando diversas opções, incluindo fusão, parceria de capital ou a criação de uma holding com a Nissan. Além disso, a Foxconn, fabricante taiwanesa de componentes eletrônicos, demonstrou interesse na Nissan, mas decidiu adiar sua intenção de aquisição. Ghosn criticou essa movimentação, apontando que a falta de lógica industrial entre as duas empresas torna a combinação pouco vantajosa, embora o mercado e os pressões externas possam estar influenciando essa decisão.
Por fim, Ghosn comentou sobre a estratégia da Foxconn, sugerindo que a empresa poderia optar por adquirir uma montadora a um preço baixo em vez de desenvolver seu próprio carro elétrico, o que se encaixaria melhor em sua estratégia de diversificação. A situação continua a se desenrolar em meio a um contexto de incertezas e pressões internas e externas sobre a Nissan, com desafios significativos no setor automotivo global.