O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou no domingo (22) que o país continuará suas ações militares contra o grupo Houthi, apoiado pelo Irã, após um ataque recente em que um míssil disparado do Iémen atingiu a região de Tel Aviv, deixando alguns feridos. Netanyahu criticou a milícia por representar uma ameaça ao transporte marítimo global e à ordem internacional, destacando que Israel agirá com força e determinação, assim como o fez contra outras forças apoiadas pelo Irã, como o Hezbollah no Líbano e o exército sírio.
A resposta militar israelense aos Houthis inclui ataques aéreos contra a infraestrutura portuária e de energia no Iémen, como parte de uma série de represálias a centenas de ataques com mísseis e drones lançados desde o início da guerra em Gaza, há 14 meses. No sábado, os Estados Unidos também realizaram ataques aéreos de precisão contra instalações de armazenamento de mísseis e comando dos Houthis em Sanaa, capital do Iémen, intensificando as operações contra o grupo que, desde novembro de 2023, tem atacado navios internacionais em águas do Iémen, em solidariedade à luta palestina.
Além dos confrontos com os Houthis, Israel também enfrenta a guerra em Gaza contra o Hamas, que teve início em outubro de 2023. O conflito já resultou na morte de dezenas de milhares de palestinos e na destruição massiva da infraestrutura na Faixa de Gaza. Em outras frentes, Israel mantém operações contra milícias apoiadas pelo Irã na Síria, no Iraque e no próprio Iémen, enquanto a relação com o Hezbollah e a Jihad Islâmica também continua tensa, com um cessar-fogo recente tentando reduzir os bombardeios no Líbano.