O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revelou um plano para duplicar a população nas Colinas de Golã, território que Israel ocupou durante a Guerra dos Seis Dias de 1967 e que continua sendo considerado ilegalmente ocupado segundo o direito internacional. O governo israelense busca incentivar o crescimento de assentamentos na região, localizada estrategicamente a cerca de 60 km da capital síria, Damasco, alegando que o controle sobre o território é necessário para a segurança do país, especialmente após as mudanças políticas na Síria. Atualmente, mais de 30 assentamentos israelenses abrigam cerca de 20 mil pessoas.
A região das Colinas de Golã tem grande importância estratégica para Israel, devido à sua posição elevada que oferece uma vista clara da Síria e de partes do sul do país. Além disso, o território é uma fonte significativa de água para Israel e possui solo fértil adequado para a agricultura e a criação de gado. Por isso, a manutenção do controle sobre as Colinas de Golã é vista como crucial por Israel, tanto para segurança quanto para recursos naturais. A Síria, por outro lado, continua a exigir a devolução do território como condição para qualquer acordo de paz, uma demanda que não é aceita por grande parte da população israelense.
A relação entre Israel e Síria, marcada por décadas de tensões, foi agravada pela guerra civil síria e por mudanças políticas internas. Em 2019, os Estados Unidos reconheceram oficialmente a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, gerando críticas de Damasco. Embora tenha havido tentativas de retomar negociações de paz no passado, as conversas não avançaram, e a situação permanece volátil. O governo sírio, especialmente após a perda do controle de algumas áreas, segue buscando uma resolução que garanta a devolução das Colinas de Golã, uma questão central nas relações entre os dois países.