As negociações para a criação de uma federação partidária entre PP, Republicanos e União Brasil devem se intensificar no próximo ano, com a expectativa de um consenso até fevereiro de 2025. Desde 2023, os líderes dessas siglas discutem a ideia, e, apesar das dificuldades, Arthur Lira, atual presidente da Câmara, manifestou a intenção de se dedicar pessoalmente a essas articulações. A proposta busca unir os partidos em uma aliança que pode impactar não apenas o cenário nacional, mas também as disputas nos níveis municipal e estadual.
Embora a articulação tenha como foco a aliança entre as três legendas, ainda não está descartada a possibilidade de uma federação entre apenas duas delas. Um dos principais desafios dessa união é a necessidade de conciliar as diferentes alianças locais nos estados, que nem sempre correspondem às composições no Congresso Nacional. Caso a federação seja concretizada, ela formará a maior bancada da Câmara dos Deputados, com cerca de 153 membros, e há estimativas de que esse número possa chegar a 200 deputados após a janela partidária de 2026.
A aliança, caso seja consolidada, não deve lançar um candidato próprio à Presidência, o que deixa espaço para que possíveis candidatos de ambos os espectros políticos, da esquerda à direita, possam se beneficiar dessa articulação. As federações partidárias operam como uma única entidade, podendo apoiar qualquer candidato e exigindo que permaneçam no mesmo bloco por, no mínimo, quatro anos. A criação de uma federação entre essas siglas tem o potencial de alterar o equilíbrio de forças no Congresso e nas esferas estaduais e municipais.