A NASA divulgou nesta segunda-feira (30) uma imagem impressionante da Nebulosa do Haltere (M27), uma das nebulosas planetárias mais brilhantes e próximas da Terra, localizada a cerca de mil anos-luz na constelação Vulpecula. Descoberta pelo astrônomo francês Charles Messier em 1764, a nebulosa é um exemplo do destino de estrelas como o Sol. Composta por elementos que emitem cores distintas, como enxofre (vermelho), hidrogênio (verde) e oxigênio (azul), a M27 oferece uma visão detalhada da composição e evolução desses objetos celestes.
Nos próximos seis bilhões de anos, o Sol deverá entrar em uma fase de transição semelhante. Após esgotar seu combustível nuclear, o hidrogênio, ele se expandirá e se tornará uma gigante vermelha antes de liberar suas camadas externas no espaço. Esse processo formará uma nebulosa planetária, enquanto o núcleo restante evoluirá para uma anã branca quente que emitirá raios-X. Esse estágio final ilustra o ciclo de vida das estrelas de tamanho moderado.
As anãs brancas, como o futuro núcleo do Sol, são estrelas que já consumiram todo o seu combustível nuclear, brilhando por um período limitado antes de esfriar completamente. A Nebulosa do Haltere, com sua beleza e complexidade, oferece uma prévia científica fascinante do destino inevitável do nosso sistema solar, evidenciando os processos dinâmicos que regem o universo.