Um cabo submarino entre a Finlândia e a Estônia, ambos membros da OTAN, foi danificado no dia 25 de dezembro de 2024, em um incidente que levantou suspeitas de sabotagem. As autoridades finlandesas investigam um navio petroleiro, o Eagle S, como possível responsável pela ação. O navio, que partiu de um porto russo, foi interceptado pela Guarda Costeira da Finlândia em águas próximas à costa finlandesa. A OTAN, em resposta, anunciou o reforço de sua presença militar no mar Báltico, com o objetivo de proteger infraestruturas críticas da região.
As autoridades da Estônia, também afetadas pelo incidente, enviaram patrulhas navais para garantir a segurança de outro cabo submarino, o Estlink 1, que conecta a Estônia à Finlândia. O ministro da Defesa da Estônia ressaltou que a investigação continuará, mas destacou que o país está preparado para adotar medidas militares e não militares para proteger suas infraestruturas sensíveis. O presidente finlandês, por sua vez, assegurou que a situação está sob controle, enfatizando a importância da cooperação entre os dois países para prevenir novos ataques.
Esse episódio ocorre em um contexto de crescente tensão no mar Báltico, especialmente após a invasão russa da Ucrânia. Desde o início do conflito, diversos incidentes envolvendo danos a infraestruturas energéticas e de comunicação têm sido registrados na região, com especialistas apontando para uma possível guerra híbrida entre a Rússia e os países ocidentais. O dano ao cabo Estlink 2 não afetou o fornecimento de energia à Finlândia, mas a investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.