Na Alemanha, a tradição de decorar a casa com um pinheiro de Natal verdadeiro gera debates sobre sua sustentabilidade. Anualmente, cerca de 30 milhões de árvores são vendidas no país, e grande parte delas acaba sendo descartada após as festividades, gerando grandes volumes de lixo. Críticos apontam que, além do desperdício, a produção dessas árvores envolve o uso de agrotóxicos e condições de trabalho questionáveis nas plantações, o que agrava o impacto ambiental e social da prática.
Como alternativa para tornar o Natal mais sustentável, surgiram opções como a compra de pinheiros orgânicos ou o aluguel de árvores plantadas em vasos, que podem ser reutilizadas em anos seguintes. Além disso, muitas dessas árvores são aproveitadas após o Natal para compostagem ou como fonte de energia, e algumas ainda são utilizadas em zoológicos. Essas práticas ajudam a minimizar os danos causados pelo descarte indiscriminado das árvores, oferecendo uma forma mais ecológica de celebrar a data.
No entanto, muitos especialistas garantem que, apesar de suas questões ambientais, o pinheiro natural pode ser mais sustentável do que as versões artificiais. Um estudo canadense sugere que uma árvore de plástico só se tornaria mais sustentável que a de madeira se fosse utilizada por mais de 20 anos, levando em consideração seu impacto na produção e no descarte. Com isso, a discussão sobre a sustentabilidade do Natal continua a evoluir, com foco em encontrar soluções que respeitem o meio ambiente e preservem as tradições culturais.