O Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (MA/UFG) lançou, no dia 10 de dezembro de 2024, o Observatório dos Povos Indígenas de Goiás, um projeto que visa monitorar, documentar e promover os direitos humanos das populações indígenas no estado. A cerimônia aconteceu no Dia Internacional dos Direitos Humanos, na sede do museu, localizada no Câmpus Colemar Natal e Silva, em Goiânia. O observatório contará com o apoio de instituições como o Ministério da Educação, a Fundação RTVE e a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da UFG.
Coordenado por membros da universidade, o projeto busca garantir a visibilidade e proteção dos direitos dos povos indígenas, especialmente dos Iny Karajá, Tapuia e Avá Canoeiro, presentes no estado. Além disso, a iniciativa também beneficiará outras etnias indígenas que residem em Goiás, somando um total de aproximadamente 19.500 pessoas, conforme o censo de 2022. O objetivo é criar um canal de diálogo entre as comunidades indígenas, a sociedade civil e as instituições públicas, para fortalecer a defesa dos direitos dessas populações.
O projeto destaca a vocação extensionista do Museu Antropológico, que, em seus 55 anos de história, tem se dedicado a questões relacionadas aos povos indígenas. O coordenador do projeto, Manuel Ferreira Lima Filho, ressaltou a importância de integrar os esforços acadêmicos, comunitários e governamentais para garantir a proteção efetiva dos direitos dos povos indígenas e reforçar o compromisso da universidade com as comunidades do Cerrado.