A Justiça Federal em Sergipe condenou três ex-policiais rodoviários federais por envolvimento na morte de um homem em uma abordagem em maio de 2022. A vítima, que era aposentada devido a problemas de saúde mental, morreu asfixiada dentro de uma viatura onde foi lançada uma granada de gás lacrimogêneo. O julgamento resultou em penas severas, sendo a mais longa de 28 anos de reclusão para um dos envolvidos. A decisão judicial reconheceu o uso desproporcional da força, além de motivações consideradas fúteis.
O caso motivou uma revisão de protocolos operacionais na Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em resposta, a corporação iniciou a implementação de câmeras corporais e veiculares em 2023, buscando maior transparência nas abordagens. Essa medida foi acompanhada pela demissão dos agentes envolvidos e pela reformulação de manuais de conduta, promovida pelo Ministério da Justiça. O episódio gerou repercussão significativa, destacando a necessidade de mudanças estruturais e operacionais nas forças de segurança.
Além disso, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi anunciada pelo governo federal para transformar a PRF em uma Polícia Ostensiva Federal, ampliando suas atribuições e alinhando suas atividades às demandas de segurança pública. A proposta ainda aguarda aprovação e está em análise pela Casa Civil, com contribuições dos governadores. O caso serve como um marco para a reavaliação do papel e das práticas das forças policiais no Brasil, com vistas a prevenir novos episódios de violência e a promover maior responsabilização institucional.