A cantora Claudia Leitte se pronunciou pela primeira vez sobre a polêmica em torno da alteração na letra de sua música “Caranguejo”. Durante uma apresentação em Recife, Leitte substituiu a menção a Iemanjá por “Eu amo meu Rei Yeshua”, decisão que gerou reações intensas e culminou em uma denúncia formal apresentada ao Ministério Público da Bahia. A mudança na letra trouxe à tona discussões sobre representatividade e respeito às tradições culturais afro-brasileiras.
A denúncia, conduzida pela promotora Lívia Sant’Anna Vaz, foi apresentada por uma sacerdotisa de religião afro-brasileira e pelo Idafro, que classificaram a atitude como difamatória e discriminatória. A controvérsia questiona a liberdade artística em contraste com o respeito às referências culturais e religiosas tradicionais, destacando a importância de uma abordagem séria e respeitosa no debate sobre racismo e inclusão.
O caso reflete um momento de maior conscientização social no Brasil, em que símbolos religiosos e culturais ganham destaque em debates públicos. A reação à alteração da música evidencia a complexidade de equilibrar liberdade criativa com responsabilidade cultural, além de reforçar a necessidade de discussões amplas sobre a diversidade e o respeito às raízes culturais do país.