No último sábado (7), forças rebeldes da Organização para a Libertação do Levante (HTS) tomaram o controle de duas cidades na Síria: Quneitra, localizada nas Colinas do Golã, e Sanamayn, próxima à capital, Damasco. Esse avanço é parte de uma ofensiva maior dos insurgentes, que têm cercado Damasco, com o objetivo de derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad, que está no poder há 24 anos. Relatos de rebeldes e oficiais sírios confirmaram a retirada das tropas governamentais dessas áreas. As operações têm sido apoiadas por ataques aéreos, enquanto o exército sírio tenta resistir com bombardeios em locais estratégicos.
A ofensiva dos rebeldes reacendeu o conflito na Síria, que já dura mais de uma década. Originalmente iniciado por manifestações pacíficas em 2011, o conflito escalou para uma guerra civil após a repressão violenta do regime de Assad, levando ao surgimento de grupos armados e à fragmentação do país. Apesar de ter retomado o controle de grande parte do território, com o apoio militar de aliados como Rússia e Irã, o regime sírio ainda enfrenta resistência significativa, especialmente de grupos rebeldes que têm se fortalecido nos últimos dias.
Nos últimos meses, o enfraquecimento de grupos apoiados pelo Irã, aliado fundamental de Assad, tem sido apontado como um fator chave para o avanço rebelde. Segundo comandantes insurgentes, a ausência de suporte iraniano, devido a ações de outros países e mudanças no cenário geopolítico, permitiu que os rebeldes realizassem sua ofensiva com maior sucesso. A situação continua instável, com a possibilidade de uma intensificação do conflito e maiores implicações para a região, à medida que as potências internacionais acompanham de perto os desdobramentos.