O motorista do caminhão envolvido no grave acidente com um ônibus em Minas Gerais, que resultou na morte de dezenas de pessoas, se apresentou à polícia no dia 23 de dezembro, após ter fugido do local da colisão. Ele prestou depoimento na delegacia de Teófilo Otoni, no leste do estado, acompanhado de seus advogados. Segundo a Polícia Civil, o pedido de prisão preventiva foi negado pela Justiça devido à ausência de flagrante. O motorista, que não tinha permissão para dirigir, estava sendo investigado por sua possível responsabilidade no acidente, e a Polícia Rodoviária Federal acompanhou o trabalho de perícia, incluindo a retirada de uma pedra que se soltou do caminhão, a qual será analisada para determinar se o impacto causou o acidente.
O acidente, que ocorreu na madrugada de 21 de dezembro, resultou na morte de pelo menos 39 pessoas, de acordo com a empresa responsável pelo ônibus, embora a Polícia Civil fale em 41 vítimas fatais. O veículo estava com a documentação regular, pneus novos e dentro da capacidade de passageiros permitida. A investigação também busca esclarecer se a carga de granito transportada pelo caminhão estava em conformidade com as normas de segurança. A principal hipótese é que a pedra tenha atingido o ônibus, que pegou fogo após a colisão, levando à morte das vítimas.
A identificação das vítimas tem sido um processo difícil, pois a maioria dos corpos foi carbonizada. Equipes da Polícia Civil montaram uma força-tarefa para acelerar a identificação, contando com a colaboração de familiares que forneceram material genético. Até o momento, 14 corpos foram identificados e 5 liberados. A tragédia deixou sobreviventes que conseguiram escapar do incêndio, como alguns passageiros do ônibus, que relataram momentos de pânico e luta pela sobrevivência enquanto as chamas consumiam o veículo.