Na sexta-feira (20), um motorista avançou com seu veículo contra uma multidão em um mercado de Natal na cidade de Magdeburgo, no norte da Alemanha. O ataque resultou em cinco mortes e mais de 200 feridos, segundo as autoridades locais. O suspeito, um homem de 50 anos natural da Arábia Saudita, foi preso e identificado como responsável pelo atentado, embora as motivações do ato ainda sejam incertas. Ele não tinha registros policiais relacionados a atividades extremistas, mas havia expressado publicamente opiniões contra a islamização nas redes sociais.
O incidente ocorreu em um contexto de campanha eleitoral, já que as eleições legislativas antecipadas ocorrerão em fevereiro de 2024. O governo estadual, incluindo o chefe do governo de Saxônia-Anhalt, sugeriu que a sincronização temporal do ataque poderia ter intenções políticas, embora essa hipótese ainda não tenha sido confirmada. O ataque foi semelhante a outro ocorrido em 2016 em Berlim, quando um motorista também avançou contra um mercado natalino, deixando 12 mortos, ato que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.
O chanceler Olaf Scholz se pronunciou sobre o ocorrido, prometendo combater o ódio e incentivar a união do país. No local da tragédia, ele pediu que os cidadãos se mantivessem unidos diante da violência, destacando a importância do diálogo e da coesão social. A cidade de Magdeburgo, com cerca de 250 mil habitantes, expressou grande consternação com a tragédia, que abalou a comunidade local e o país como um todo.