Um jovem de 26 anos foi morto a tiros por um policial militar de folga após tentar furtar produtos em um mercado no bairro Jardim Prudência, zona sul de São Paulo, em 3 de novembro. O incidente, que só veio à tona com a divulgação de imagens de câmeras de segurança, mostra o momento em que o jovem, após tentar fugir com pacotes de sabão, escorrega e é alvejado por disparos do policial. O PM alega ter agido em legítima defesa, afirmando que a vítima teria se comportado de maneira suspeita e dito estar armada. No entanto, essa versão é contestada pela família, que considera o caso uma execução.
A Secretaria da Segurança Pública informou que o policial foi afastado das funções e que o caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Polícia Militar. Testemunhas do mercado corroboraram a versão do policial, mas a família da vítima refuta as alegações, afirmando que o jovem não teve tempo de reagir e foi baleado enquanto tentava fugir. O boletim de ocorrência detalha múltiplos tiros atingindo o corpo da vítima, incluindo disparos nas costas enquanto ele se afastava do local.
O pai da vítima, emocionado, relatou a difícil experiência de ter perdido o filho e cobrou justiça, destacando que, embora o jovem tivesse problemas com dependência química, não justificaria a resposta letal. Ele afirmou que o policial deveria ter detido o filho e acionado as autoridades competentes. A Secretaria da Segurança Pública prometeu adotar medidas disciplinares caso as investigações provem a responsabilidade criminal do policial, com possibilidade de exclusão da corporação.