No último domingo (1º), um adolescente de 17 anos foi morto a tiros no bairro de Ondina, em Salvador. O suspeito do crime é um policial militar que, segundo testemunhas, rendou a vítima e um jovem de 19 anos antes de disparar mais de 10 tiros contra eles. O mais jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local, enquanto o outro foi levado ao hospital. O PM, que não estava fardado nem usava o carro oficial, alegou legítima defesa, afirmando que os dois teriam tentado assaltá-lo, mas a versão não foi aceita pela Polícia Civil, que solicitou sua prisão preventiva.
A mãe do adolescente, em uma entrevista emocionada, cobrou justiça pela morte do filho, questionando a necessidade de tamanha violência e afirmando que o filho não estava envolvido com atividades criminosas. A família de Gabriel, que pediu a quebra de sigilo do celular do suspeito, lamentou profundamente a perda e a maneira brutal como o crime ocorreu. A investigação segue em andamento, com a Polícia Civil apurando as circunstâncias do assassinato e o Ministério Público acompanhando o caso.
Diante da repercussão do caso, o policial foi afastado de suas funções operacionais na Polícia Militar e colocado em uma função administrativa enquanto a investigação é conduzida. A Secretaria de Segurança Pública do estado reforçou a necessidade de uma apuração isenta e destacou que um processo administrativo também foi iniciado dentro da corporação. A Justiça ainda deve analisar o pedido de prisão preventiva do suspeito, enquanto a investigação busca esclarecer os detalhes do ocorrido.