A agência de rating Moody’s rebaixou a nota de crédito da França, passando de Aa2 para Aa3, o que elevou a pressão sobre o novo governo para conter o déficit fiscal crescente. A decisão ocorre após um período de instabilidade política, com o governo do presidente Emmanuel Macron enfrentando desafios em seu plano orçamentário. A França, que já havia sido rebaixada por outras agências como Fitch e S&P, vê suas finanças públicas ameaçadas pela incerteza política, especialmente após a queda do premiê Michel Barnier em uma disputa orçamentária com o partido de extrema-direita.
Em meio a essa turbulência, Macron nomeou François Bayrou como o novo primeiro-ministro, o quarto em menos de um ano. Bayrou terá o desafio de reconquistar a confiança de legisladores e evitar novas crises políticas, como a que resultou na derrocada de Barnier. No entanto, seu governo precisará lidar com a falta de consenso entre as principais forças políticas, incluindo a extrema-direita e a esquerda, o que dificulta a aprovação de um orçamento sustentável e de longo prazo.
O rebaixamento de Moody’s é reflexo da deterioração das perspectivas econômicas do país, que incluem uma dívida elevada e um déficit fiscal superior aos limites impostos pela União Europeia. Economistas alertam que, mesmo com a nomeação de Bayrou e seus planos para reduzir o déficit, a recuperação das finanças públicas pode ser incerta. A situação gerou um aumento no risco soberano, o que impactou o mercado de dívida francesa, embora alguns investidores permaneçam em busca de oportunidades de rendimento.