Os ministros das Relações Exteriores de vários países árabes, reunidos em Ácaba, na Jordânia, neste sábado (14), condenaram a invasão israelense da zona desmilitarizada nas Colinas de Golã, na Síria. Eles qualificaram a incursão como uma violação do direito internacional e do acordo de 1974 entre Síria e Israel. A declaração exige a retirada imediata das forças israelenses da região e enfatiza que as Colinas de Golã são territórios sírios ocupados, cuja ocupação deve ser encerrada. Os ministros pediram também ao Conselho de Segurança da ONU que tome as medidas necessárias para impedir novas violações por parte de Israel.
O encontro também abordou a situação interna da Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad. Os diplomatas árabes expressaram apoio a um processo de transição política pacífica e inclusiva no país, no qual todas as forças políticas e sociais, incluindo mulheres e jovens, estariam representadas. Eles defenderam a formação de um governo de transição com base em uma nova constituição e em eleições livres e justas supervisionadas pelas Nações Unidas. A preservação das instituições do Estado e a luta contra o terrorismo, considerado uma ameaça à segurança regional e global, também foram destacados como prioridades.
Além disso, a reunião contou com a participação do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que se encontrou com os diplomatas árabes para discutir a situação síria. Blinken revelou que os Estados Unidos haviam mantido contatos diretos com o grupo Hayat Tahrir Al-Sham, que tem desempenhado papel significativo na crise síria. A troca de informações entre os países presentes visou coordenar esforços para estabilizar a Síria e combater o extremismo na região.