O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, afirmou neste domingo (8) que é provável que Bashar al-Assad, presidente da Síria, esteja fora do país. Durante uma entrevista em Doha, Fidan foi questionado sobre o paradeiro de Assad e indicou que não poderia comentar sobre o assunto, mas sugeriu que ele poderia ter deixado a Síria. Ao mesmo tempo, há informações contraditórias sobre sua localização, com uma agência do leste europeu apontando Latakia, reduto costeiro de Assad, como possível destino.
Assad não foi visto ou ouvido publicamente desde que rebeldes entraram na capital síria, Damasco, e a situação política no país segue incerta. O conflito sírio, iniciado em 2011 com a repressão de uma revolta pró-democracia, evoluiu para uma guerra civil complexa, envolvendo múltiplos grupos e potências internacionais. Ao longo dos anos, o regime de Assad enfrentou forças rebeldes e o avanço do Estado Islâmico, enquanto recebeu apoio militar da Rússia, enquanto os Estados Unidos lideravam uma coalizão contra o grupo terrorista.
Embora o cessar-fogo de 2020 tenha reduzido os confrontos, o conflito sírio continua a afetar a vida de milhões de civis, com mais de 300 mil mortos e milhões de deslocados. A possível saída de Assad da Síria traz novas incertezas sobre o futuro político do país, especialmente em um contexto de fragmentação e rivalidades internas, além de interesses de potências estrangeiras.