O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu as acusações feitas por senadores aliados de um ex-presidente, que sugeriram que a Polícia Federal (PF) estaria investigando e indiciando figuras próximas ao ex-mandatário com o intuito de prejudicá-lo politicamente. Lewandowski classificou como “bastante graves” as declarações dos senadores Jorge Seif e Flávio Bolsonaro, que mencionaram a possibilidade de interferência de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no trabalho da PF, embora sem especificar o nome do magistrado envolvido.
Em sua resposta, Lewandowski enfatizou que a Polícia Federal é uma instituição independente, com um trabalho técnico e sem qualquer viés político. Segundo o ministro, a PF é uma corporação que não pertence a governos, mas ao Estado, e que suas investigações são conduzidas com base em critérios objetivos, sem qualquer influência externa, inclusive de ministros do STF, como ele próprio destacou.
A controvérsia surgiu após a PF concluir investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado no final de 2022, que resultou no indiciamento de várias pessoas, incluindo o ex-presidente. A investigação foi enviada ao STF, onde a decisão final sobre eventuais denúncias caberá à Procuradoria-Geral da República. Além dessa apuração, o ex-presidente também enfrenta outras investigações, incluindo casos relacionados a joias e documentos falsificados.