O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é necessário corrigir a “escorregada” do dólar, que fechou em R$ 6,12 na última quinta-feira (19). Segundo ele, a atuação do Banco Central não deve ser voltada para a busca de um valor específico para a moeda, mas sim para promover o equilíbrio do mercado cambial, corrigindo disfuncionalidades sempre que surgirem. Haddad destacou que o Banco Central deve atuar diante de incertezas e inseguranças que possam prejudicar o funcionamento do mercado de câmbio e juros, sem adotar uma meta fixa para o valor do dólar.
O ministro também mencionou que problemas de comunicação no final do ano passado agravaram a queda do dólar em relação a outras moedas, o que gerou distorções no mercado. Para ele, é necessário ajustar a forma como o governo comunica suas ações para evitar excessos ou falhas que possam afetar o câmbio. Haddad ressaltou que o foco deve ser em garantir a funcionalidade do mercado cambial, sem se preocupar com um patamar exato para a moeda.
Essa postura, segundo Haddad, visa promover a estabilidade econômica sem recorrer a intervenções que possam distorcer o funcionamento natural do mercado. O ministro reforçou que o papel do Banco Central é corrigir desajustes e criar um ambiente de previsibilidade e equilíbrio, em vez de tentar fixar valores específicos para o câmbio.