Após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, abordou a prisão de um general da reserva, destacando o impacto do ocorrido nas Forças Armadas. Múcio afirmou que a detenção causou constrangimento no Exército, sendo a primeira prisão de um general de quatro estrelas, mas ressaltou que a situação não foi uma surpresa para os militares. O ministro destacou ainda que não se deve generalizar a ação, frisando que cada envolvido agiu de forma individual e que o Exército e as Forças Armadas devem ser respeitados como instituições.
O general foi preso no contexto de uma operação da Polícia Federal que investiga um plano criminoso que visava a manutenção do ex-presidente Bolsonaro no poder, mesmo após a eleição de 2022. A prisão foi vinculada a um grupo suspeito de articulação para um golpe de Estado, sendo o general apontado como um dos articuladores do esquema. Múcio defendeu a separação entre as ações de indivíduos e a reputação das instituições militares, reforçando que não se deve prejudicar toda a estrutura das Forças Armadas por atos de alguns membros.
Além da situação envolvendo a prisão, Múcio comentou o envio ao Congresso do projeto de lei que propõe mudanças nas regras de aposentadoria dos militares. O ministro expressou confiança na aprovação da proposta pelos parlamentares, destacando que o governo acredita que o texto tem boas chances de ser aceito.