Na última quinta-feira (05), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se mostrou insatisfeito com a reação do mercado financeiro ao pacote de contenção de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele destacou que a decisão de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda resultou em uma alta significativa no valor do dólar. Rui Costa também criticou a postura das instituições financeiras, que, segundo ele, permaneceram silenciosas durante o governo anterior, quando o país enfrentou altos gastos em um ano eleitoral.
Em sua participação em um seminário, o ministro afirmou que o mercado financeiro estaria tentando antecipar discussões sobre as eleições presidenciais de 2026, com o intuito de desestabilizar o governo atual. Ele sugeriu que interesses políticos poderiam estar por trás de um ataque especulativo contra o Brasil e levantou dúvidas sobre a falta de transparência nas informações divulgadas pelas instituições financeiras.
Rui Costa ainda mencionou que as previsões do mercado sobre a economia do país frequentemente não se concretizam. Ele citou o crescimento de 3,3% do PIB brasileiro no ano anterior, superando as expectativas iniciais de apenas 1%, e informou que as previsões para o ano atual indicam um crescimento de 3,5%. O ministro pareceu sugerir que a reação do mercado muitas vezes não reflete a realidade econômica do Brasil.