O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a visita de familiares e advogados aos militares presos na Operação Contragolpe, que investiga um plano para atacar líderes políticos e figuras do Judiciário. O general reformado e o tenente-coronel detidos na operação, ambos integrantes de unidades de operações especiais, poderão receber visitas de familiares, como mãe, irmãos e pais, além de advogados. A decisão ocorreu em 6 de dezembro, como parte das condições de custódia para os militares que estão detidos em unidades militares em Brasília e no Rio de Janeiro.
Além disso, Moraes determinou a retirada da tornozeleira eletrônica de outro militar detido na mesma operação, o que também está sendo cumprido. A Operação Contragolpe revelou um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022, no qual os envolvidos seriam responsáveis por ações violentas com o intuito de impedir a posse do presidente eleito. Os militares presos são acusados de envolvimento direto no planejamento e execução dessa tentativa de desestabilização política.
A investigação aponta que o grupo, formado por militares da ativa e da reserva, tinha como objetivo executar ataques direcionados a figuras chave do governo e do Poder Judiciário. A Polícia Federal identificou diversas tentativas de manipular narrativas para atribuir responsabilidades a outros setores do governo, ampliando a complexidade do caso. O processo continua a ser acompanhado pelas autoridades, enquanto os envolvidos aguardam julgamento e possíveis novas medidas judiciais.