O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a visita de familiares e advogados aos militares detidos na Operação Contragolpe. Os presos são membros das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, e estão acusados de envolvimento em um plano golpista após as eleições de 2022. O general e o tenente-coronel poderão receber visitas de seus familiares diretos, como mães, irmãos e pais, conforme a decisão de Moraes, que também determinou a retirada da tornozeleira eletrônica de um outro militar preso na mesma operação, Rafael Martins de Oliveira, que se encontra em prisão no Rio de Janeiro.
O plano atribuído aos militares envolvia a tentativa de assassinato de figuras políticas proeminentes, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Segundo investigações da Polícia Federal, o general reformado teria sido um dos principais articuladores da operação, enquanto o tenente-coronel também esteve implicado em comunicações secretas sobre o golpe. O caso gerou grande repercussão pela natureza do crime e pela associação de figuras militares ativas e da reserva no esquema.
A Operação Contragolpe, que resultou em diversas prisões, revelou um complexo plano de ação para desestabilizar a ordem constitucional do país. Quatro dos cinco presos na operação pertencem ao grupo das Forças Especiais do Exército, conhecidos pela atuação em missões de alto risco. A investigação continua e as autoridades seguem analisando os desdobramentos do caso, que envolve o planejamento de um golpe de Estado e a tentativa de interferir no processo de posse presidencial e na atuação do Poder Judiciário.