Na manhã de terça-feira (17), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) executou uma operação que visa combater fraudes na concessão e manutenção de registros de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs). A investigação revelou que falsos registros estavam sendo feitos para permitir que indivíduos com antecedentes criminais obtivessem autorização para adquirir armas de fogo. Essas armas, por sua vez, estariam sendo repassadas a organizações criminosas, o que gerou uma série de mandados de busca e apreensão em 34 cidades do Rio Grande do Sul e uma de Santa Catarina.
Durante a ação, foram apreendidas 141 armas irregulares, além de munição, documentos e outros materiais relacionados. A operação também resultou na prisão em flagrante de um indivíduo por porte ilegal de armas. Entre os alvos estavam 41 CACs com indícios de envolvimento em atividades ilícitas, como fraudes e relações com organizações criminosas. Também foi identificado que alguns desses CACs estavam presos ou com antecedentes de envolvimento em crimes graves.
A operação foi realizada em parceria com o Ministério Público Militar da União (MPM), o Exército Brasileiro (EB), a Brigada Militar (BM) e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). O MP-RS destacou a importância dessa ação para o combate à criminalidade organizada, além de reforçar o controle sobre a concessão de registros de CACs e o uso de armamentos no estado.