O Ministério Público de São Paulo solicitou a prisão preventiva de um policial militar acusado de matar um jovem em novembro deste ano, na cidade de São Paulo. O promotor responsável, Rodolfo Justino Morais, argumenta que o policial cometeu homicídio qualificado ao usar sua arma da corporação para cometer o crime, além de desvirtuar a função pública. Morais destaca ainda que o acusado tem um histórico de envolvimento em outras mortes semelhantes, o que aumenta sua periculosidade e a necessidade de garantir a segurança da sociedade.
O promotor também ressaltou que a continuidade da liberdade do policial poderia causar risco à integridade das testemunhas, visto que ele pode gerar intimidação. Esse pedido foi feito após a análise de um histórico de atividades do acusado, incluindo outro caso fatal em 2023, em que esteve envolvido em um confronto em São Vicente, no litoral paulista. A evidência de sua conduta coloca em questão a adequação do policial para exercer sua função de forma ética e segura.
Além disso, a investigação revelou que o policial havia sido reprovado em um exame psicológico ao tentar ingressar na corporação em 2021. O laudo indicava problemas de sociabilidade e descontrole emocional, características que, segundo especialistas, comprometeriam sua capacidade de desempenhar as funções exigidas pelo cargo. Mesmo após essa reprovação, ele foi aprovado em uma nova avaliação e ingressou na Polícia Militar no mesmo ano.