O Ministério Público de São Paulo está investigando supostas irregularidades financeiras envolvendo a Igreja Bola de Neve. A denúncia foi feita por Denise Seixas, viúva do fundador da igreja, após a morte do apóstolo Rina em um acidente de moto. O MP apura a ação de ex-dirigentes da instituição que teriam realizado movimentações financeiras suspeitas, incluindo o uso de empresas de fachada para emissão de notas fiscais milionárias. O caso envolve a possível utilização indevida de documentos confidenciais, além da movimentação de contas bancárias relacionadas ao falecido apóstolo.
Em paralelo, a Justiça de São Paulo determinou que Denise Seixas, agora presidente da igreja, ocupe oficialmente a liderança da instituição, em decisão favorável em primeira instância. A nova presidente solicitou ao MP que as pessoas denunciadas sejam impedidas de agir em nome da igreja e da liderança, especialmente após a tentativa de instauração de uma nova gestão sem sua anuência. O caso também inclui uma disputa legal sobre a validade de documentos relacionados ao processo de separação entre Denise e o apóstolo, que havia sido interrompido com sua morte.
A Igreja Bola de Neve, por sua vez, defende a legalidade de sua gestão e afirma que suas contas são auditadas anualmente sem restrições, conforme exigido por lei. A instituição, que se posicionou contra a divulgação de dados financeiros, afirmou que está à disposição para colaborar com as investigações, embora o caso siga em segredo de justiça. O MP não se pronunciou além de confirmar que o processo está em andamento.