O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) iniciou uma operação para apurar possíveis irregularidades no contrato de aluguel da nova sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (SEDUH). A investigação foca em um suposto favorecimento envolvendo o empresário e ex-vice-governador do DF, com a assinatura de um contrato que gerou gastos públicos elevados entre 2021 e 2023. Durante esse período, foram pagos mais de R$ 8 milhões em aluguéis, além de taxas adicionais de condomínio. A operação incluiu a execução de 30 mandados de busca e apreensão.
A principal linha de investigação aponta que o valor pago pela locação não era justificável, uma vez que a secretaria utilizava, anteriormente, um espaço gratuito no edifício da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (CODHAB). Além disso, o contrato em questão não teria atendido aos critérios previstos no edital de chamamento público, tanto em relação ao preço quanto ao tamanho do imóvel. A Controladoria-Geral do DF também teria identificado irregularidades no processo, reforçando a suspeita de má gestão dos recursos públicos.
A operação, que envolve a coordenação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Civil, também investiga possíveis conexões entre as partes envolvidas no processo de locação, além de outras ações de favorecimento que teriam ocorrido em gestões passadas, relacionadas a imóveis do empresário. A investigação se expande para diferentes aspectos da administração pública e busca identificar eventuais prejuízos ao erário, com o objetivo de garantir a devida responsabilização em caso de ilegalidades.