O Ministério Público de Ribeirão Preto (SP) denunciou 14 pessoas por envolvimento em uma organização criminosa que aplicava golpes na internet, prejudicando cerca de 240 vítimas e causando um prejuízo estimado em R$ 346 mil. A quadrilha utilizava duas principais táticas: criava anúncios falsos de produtos em sites de e-commerce imitando grandes lojas e, por meio de perfis falsificados no WhatsApp, pedia dinheiro se passando por familiares ou conhecidos das vítimas. A investigação revelou que os criminosos movimentaram centenas de contas bancárias para dificultar o rastreamento dos valores.
Em uma operação da Polícia Civil, realizada em novembro, oito integrantes do grupo foram presos, enquanto seis continuam foragidos. A organização funcionava com uma divisão de funções específicas, incluindo líderes que decidiam a operação, gerentes que coordenavam a movimentação do dinheiro, pessoas que emprestavam suas contas bancárias e operários responsáveis pelos saques. Segundo o promotor responsável pelo caso, a ação do grupo é classificada como um exemplo de “criminalidade moderna”, dado o uso da internet para fraudar as vítimas sem precisar sair de casa.
As investigações, que duram quase dois anos, começaram a partir de uma denúncia envolvendo o uso de cartões bancários e dinheiro de origem suspeita. A polícia, por meio da quebra de sigilos bancários e telefônicos, identificou os membros da organização. O promotor de Justiça alerta as vítimas para que registrem boletins de ocorrência e relatou que o número de vítimas pode ser ainda maior, abrangendo pessoas de diferentes estados do Brasil.